Café com política II

E já acionou a Polícia Federal para apurar a correta utilização do Fundo Partidário.
Presidente TSE, Carmen Lúcia O Tribunal Superior Eleitoral promove uma auditoria nas prestações de contas de todos os partidos políticos do país para avaliar a utilização do fundo partidário. A decisão foi da ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, após uma verificação de indícios de irregularidade em prestação de contas do Partido Progressista. Em nota, o PP informou que os fatos citados são decorrentes de exercício anterior ao do atual presidente e esperar que o caso continue a ser investigado. O fundo partidário é composto de verba da União já prevista em orçamento, além de montante arrecadado com multas, penalidades e doações.

Caso Lereia só no fim da CPI
O deputado federal Carlos Alberto Lereia, suspeito de envolvimento com o contraventor Carlos Cachoeira terá seu caso analisado pela Mesa Diretora da Câmara só após o relatório final da CPI do Cachoeira. Segundo o presidente da Câmara, Marco Maia, é mais "prudente" esperar o parecer para depois a Mesa analisar o caso. O relator da CPI, deputado Odair Cunha, confirma que o relatório sai até o fim de outubro.

Odair Cunha, relator da CPMI: "Os vínculos do deputado Lereia com o Cachoeira, na minha opinião, são comprometedores”.

A Corregedoria aprovou parecer que recomenda a cassação do mandato de Lereia que manteria uma relação próxima com Cachoeira: "Devemos ter uma reunião da Mesa na semana que vem, e acho que este tema deve estar na pauta da reunião da Mesa, mas, de qualquer forma, acho que temos de esperar o final da CPI, o relatório do relator, para depois puxarmos esta questão aqui na Câmara. Não vejo que seja prudente você encaminhar o debate sobre isso sem termos uma decisão da CPI", disse Maia.

Depoimento
Lereia prestou depoimento à CPI Mista que investiga as relações do contraventor com políticos e empresários e confirmou a amizade com Cachoeira de mais de 20 anos. Para o relator da CPI, Odair Cunha, as relações do deputado com o contraventor são comprometedoras. "O depoimento do deputado Lereia deixa evidente os vínculos comerciais e patrimoniais do deputado Lereia com o senhor o Carlos Cachoeira, chefe da organização criminosa. Os vínculos do deputado Lereia com o Cachoeira, na minha opinião, são comprometedores. disse o relator.

Este poderá apresentar na última semana de outubro o relatório final sobre a investigação. A comissão tem prazo para funcionar até o dia 4 de novembro, mas pode ser prorrogada por mais 180 dias. A decisão sobre a prorrogação deve sair na próxima semana.

Serra no comando
Já surgiu um movimento no PSDB para que José Serra ocupe a presidência nacional do partido se não for eleito à Prefeitura de São Paulo. Seria uma saída para que ele não deixe a vida pública.

Recursos
O pagamento do 13º salário deverá injetar cerca de R$ 131 bilhões na economia brasileira até dezembro, segundo aponta levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos divulgado ontem. O valor representa perto de 2,9% do Produto Interno Bruto do país e será pago a 80 milhões de pessoas.

Ainda Demóstenes
O Conselho Nacional do Ministério Público vai julgar pedido de integrantes do Ministério Público de Goiás para que o ex-senador Demóstenes Torres seja afastado do cargo de procurador de Justiça do Estado. A Corregedoria Geral suspendeu o ex-parlamentar para investigar a suposta ligação dele com o esquema de exploração de jogos ilegais comandado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira. Alegando “constrangimento” com o retorno de Demóstenes aos quadros da instituição goiana, 82 promotores e procuradores de Justiça protocolaram, no final de agosto, um pedido de abertura de processo disciplinar e de suspensão ou afastamento do ex-senador, enquanto durarem as investigações contra ele. Além da representação instaurada pelos integrantes do MP de Goiás, Demóstenes responde a um segundo processo na Corregedoria Nacional, aberto pelo chefe do órgão, Jeferson Coelho. O corregedor-geral do MP pretende investigar as supostas ilegalidades cometidas pelo ex-senador à época em que atuava no Congresso.

Ética
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, ontem, arquivar procedimentos preliminares envolvendo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O ministro era investigado de forma preliminar por causa de uma viagem a Roma em avião fretado pelo empresário João Dória Jr., além de atividades de consultoria desempenhadas antes de assumir a pasta.

Segundo o presidente interino da comissão, Américo Lacombe, no caso do uso do avião, os conselheiros entenderam que Pimentel não tinha outra alternativa senão viajar no voo fretado: “ Ele não tinha outra opção. Ou ele ia ao avião ou ele não ia", disse o presidente interino da Comissão. Quanto ao caso da consultoria, enquanto Pimentel não ocupava cargo público, Lacombe afirmou que ele estava atuando na condição de economista.

Morte de Juscelino
A Comissão Nacional da Verdade passou a analisar o inquérito e o processo sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, registrada em agosto de 1976. O documento foi encaminhado ao grupo encarregado de investigar crimes ocorridos durante o regime militar pela Comissão da Verdade da seção mineira da OAB, que pede uma nova apuração do caso.

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