Ministro da Integração fala com Dilma e deverá depor no Senado
Criticado pela oposição, o ministro reage, vai ao Planalto e promete também falar no Senado


Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, fala em entrevista coletiva/Foto: Valter Campanato/ABr

A presidente da República, Dilma Rousseff, determinou a criação da Força Nacional de Apoio Técnico de Emergência, grupo interministerial que atuará na prevenção de desastres naturais e reconstrução de municípios atingidos. Quem anunciou a decisão foi o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, após reunião com a presidente e mais outros sete ministros ligados à área de infraestrutura e atendimento à população. Segundo o ministro “uma força-tarefa de 50 especialistas que serão alocados nas regiões de mais alto risco, neste primeiro momento, nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo."

O ministro Fernando Bezerra Coelho, diz ter a confiança da presidente Dilma Rousseff. Ele foi acusado de privilegiar Pernambuco na distribuição de verbas das chuvas; ter favorecido o filho, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho com liberação de emendas parlamentares da pasta; e agir para manter o irmão, Clementino Coelho, na presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba. Mas ele logo reagiu dizendo que "essas denúncias não irão prosperar porque nunca prosperou nenhuma denúncia contra a minha pessoa". Observou ainda que tem suas contas aprovadas pelo TCE e pelo TCU e que as ações que se movem no Ministério Público ingressaram agora, em dezembro. E que “ a oposição em Petrolina apresentou quatro ações e nenhuma foi aceita pela Justiça".

Bezerra salientou ainda que manteve contato com o presidente do Senado, José Sarney e pediu a ele que fosse convocado para prestar esclarecimentos na comissão representativa (em princípio quinta-feira) do Congresso que pode ser convocada durante o período de recesso parlamentar.

Mais defesa
Bezerra faz questão de reafirmar que a “presidenta já recebeu todas as informações, o ministério já se manifestou a respeito dos recursos, a CGU já se manifestou também sobre a direção da Codevasp", afirmou. Ele manteve uma longa conversa com a presidente: “Se não contasse com a confiança e o apoio da presidente Dilma eu não estaria nesta solenidade”, declarou.

Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado: "Ele (Fernando Bezerra) concentrou eleitoralmente os recursos".

Com o apoio da Presidente
O ministro da Integração voltou a dizer que conta com o apoio da presidente da República, Dilma Rousseff e que as denúncias contra ele já foram “devidamente respondidas”, tendo segundo ele Dilma recebido todas as informações. E reafirmou: o ministério do Planejamento já se manifestou em relação aos recursos da Defesa Civil, a CGU já se manifestou em relação à situação da direção da Codevasf e, portanto, todos os pontos colocados já foram devidamente respondidos”, disse o ministro em sua entrevista coletiva após as reuniões mantidas.


E também ligou para o presidente do Congresso, José Sarney se oferecendo para tirar dúvidas aos parlamentares sobre as ações dele frente ao ministério e ainda como prefeito de Petrolina. A propósito o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias solicitou ao presidente da Casa, José Sarney, que convoque a comissão representativa do Congresso para ouvir o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. "Ele concentrou eleitoralmente os recursos", criticou Álvaro Dias. Para o senador tucano, o governo age de forma "discriminatória" com outros Estados, como o Paraná, no repasse de verbas anti-enchentes. O líder do DEM, Demóstenes Torres, também vai pedir à Procuradoria-Geral da República que investigue o ministro.

Depoimento
A data do depoimento do ministro Fernando Bezerra no Senado deve ser confirmada até hoje. A comissão tem dois pedidos do PPS para convidar o ministro a prestar esclarecimentos sobre as suspeitas de irregularidades. Mas o líder do PSDB, Álvaro Dias disse que também iria apresentar uma nova solicitação. Ele telefonou para o presidente Sarney, que já teria sinalizado que a reunião pode acontecer esta semana. Na opinião do líder tucano, o fato de o Congresso estar em recesso não enfraquece a presença do ministro. Ele qualificou as acusações de "gravíssimas". Segundo a assessoria de imprensa da presidência do Senado, Sarney está retornando do Maranhão

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