Dilma tem recorde no Datafolha e passa fim de semana com ministros

Carlos Fehlberg


Presidente acelera avaliação do governo reunindo a sua equipe
A presidente Dilma Rousseff atingiu no fim do primeiro ano de seu governo um índice de aprovação recorde. A pesquisa Datafolha, mostra 59% dos brasileiros considerando sua gestão ótima ou boa, enquanto 33% classificam a gestão como regular e 6% como ruim ou péssima. Ela supera o próprio ex-presidente Lula que alcançou 42% e 50%, respectivamente. O Datafolha ouviu 2.575 pessoas nos dias 18 e 19 de janeiro.


Presidente Dilma Rousseff cumprimenta populares em Angra dos Reis (RJ)/Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


No fim de semana as atenções se voltaram para as reuniões com seus ministros. Nove deles e a Autoridade Pública Olímpica, Márcio Fortes, participaram de reunião no Alvorada para mais uma reunião setorial. A reunião debate temas ligados a grandes eventos que serão realizados no país nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.


Estão reunidos com a presidenta no Alvorada os ministros Alexandre Padilha, da Saúde, Helena Chaves, da Secretaria de Comunicação Social, Celso Amorim, da Defesa, Aldo Rebelo, do Esporte, Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil, Gastão Vieira, do Turismo, Míriam Belchior, do Planejamento, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União.

Crise econômica
No sábado, a discussão foi focada em economia e a crise internacional, e Dilma recebeu os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Miriam Belchior; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; da Defesa, Celso Amorim; das Relações Exteriores, Antonio Patriota; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Social, antes


Antes, a temática social foi o foco da primeira reunião setorial, na quinta-feira, quando foram discutidas metas para o Plano Brasil sem Miséria e para os setores de educação e saúde. Na sexta, entraram na pauta temas relacionados à infraestrutura e logística, energia, pré-sal, comunicação e desenvolvimento sustentável, com foco nos setores da indústria, agricultura, defesa comercial e inovação.

Marco Antonio Raupp, novo ministro: “Tenho absoluta consciência da exigência sem precedentes para que a ciência, a tecnologia e a inovação contribuam de forma essencial para o desenvolvimento social e econômico do Brasil”.

Novo ministro
Técnico, Marco Antonio Raupp assume nesta semana o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele é presidente da Agência Espacial Brasileira e foi escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para substituir Aloizio Mercadante, que vai para o Ministério da Educação.


Dependência e medidas
Os senadores Ana Amélia Lemos e Wellington Dias acompanham com ressalvas a ação repressiva na região da Crocolândia na questão da dependência química. Acham que medidas pontuais podem ser úteis se integradas ao tratamento e reinserção social dos dependentes.


Desde a primeira semana do ano, a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual promovem uma operação na Cracolândia, com forte presença policial e marcada por confrontos, prisões e desocupação de imóveis. A operação tem recebido críticas por se concentrar na repressão ao consumo e ao tráfico do crack. As autoridades, por sua vez, alegam que oferecem infraestrutura de saúde e assistência social para prestar apoio aos viciados.
Wellington Dias, segundo agência Senado, afirma que não basta investir em iniciativas repressivas. Ele alerta para a necessidade de atenção especial ao tratamento e à reinserção social dos dependentes químicos.


- É preciso, de um lado, combater a produção e a venda, e, de outro, reduzir o consumo. Quando você ataca uma região da cidade, mas não resolve a raiz do problema, essas pessoas mudam de lugar, porque elas não deixam de existir. É preciso prevenir, tratar e reinserir esse dependente químico na família dele, na comunidade dele, no emprego, na escola - diz o senador, que presidiu a Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outras Drogas.

Internação
Senadora Ana Amélia/Foto: Pedro França/Agência Senado
Na opinião de Ana Amélia, autora do relatório final da subcomissão, táticas isoladas como a adotada em São Paulo são necessárias, mas não resolvem de fato o problema: “Praticamente todos os municípios convivem com essa chaga. É necessário não só o engajamento do Congresso e do governo, mas de toda a sociedade, e atitudes mais enérgicas contra o traficante”, diz a parlamentar. Ela também se diz favorável à internação involuntária e compulsória dos dependentes.


Segundo a senadora, pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios demonstra que os municípios sem ajuda das demais esferas de governo não têm condições de enfrentar o avanço das drogas e de oferecer serviços públicos de recuperação de dependentes que sejam condizentes com as necessidades locais. .

Estratégia
José Serra pediu a Aloysio Nunes, Alberto Goldman e José Henrique Reis Lobo, seus principais articuladores, empenho em favor de Andrea Matarazzo nas prévias do PSDB paulistano. Tentam a indicação tucana, os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Trípoli. As prévias do partido estão marcadas para o dia 4 de março.


Kassab enfrenta problema para alianças este ano em São Paulo

No PT começam a surgir dificuldades e no PSDB com Serra fora fica difícil
Setores da base do PT de São Paulo estão reservados diante de negociações com o Partido dirigido pelo prefeito Gilberto Kassab prospere. Essa possibilidade cresceu na semana passada, mas não evoluiu ainda. O prefeito Gilberto Kassab quer fortalecer seu novo PSD com uma composição com o PT, diante de dificuldades em aproximar-se do PSDB, onde seu principal aliado, José Serra, não pretenderia concorrer. Os tucanos já se preparam para uma prévia que indicaria o candidato. De repente Kassab poderá sentir problemas de composição com o PT, depois de já ver anuladas as chances com o PSDB que fará prévias.


Enquanto isso
A direção do PSDB paulista, ligada ao governador Geraldo Alckmin, decidiu abrir mão de candidaturas do partido em cidades importantes do Estado em favor do PSB, aliado que os tucanos querem atrair na capital e nas eleições de 2014.


Brasileiro no exterior vota
Uma novidade:
a proposta de emenda à Constituição que permite aos brasileiros residentes no exterior votar e eleger seus representantes na Câmara dos Deputados deverá ser votada, afinal.. Autor da proposta, o senador Cristovam Buarque cita a estimativa de que há três milhões de brasileiros morando fora do país Para tornar isso possível, o texto sugerido por Cristovam prevê a criação, no exterior, de circunscrições eleitorais especiais.


No momento, os brasileiros que vivem fora do país podem votar apenas para presidente da República. Cristovam argumenta que tal situação "pode favorecer o distanciamento entre cidadãos do Brasil e o seu país, quebrando os vínculos políticos, sociais e afetivos que ligam a pessoa à sua pátria". Também afirma que países como Portugal, Espanha, França e Estados Unidos permitem, "de diversas maneiras", o voto dos cidadãos que se encontram no exterior.


Em março de 2009, segundo a agência Senado, representantes de brasileiros que moram em Massachusetts, nos Estados Unidos, vieram apoiar a proposta e pedir urgência em sua votação. A emenda de Cristovam acrescenta um parágrafo ao artigo 45 da Constituição (que trata da Câmara dos Deputados), para determinar que "a lei disporá sobre a instituição de circunscrições eleitorais especiais para a eleição, pelo sistema majoritário, de representantes dos brasileiros residentes no exterior".

Cristovam Buarque sobre votação de brasileiros no exterior: "vai favorecer o distanciamento entre cidadãos do Brasil e o seu país.”


ONU prestigia
A ONU anunciou a escolha do secretário de Biodiversidade e Floresta do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias, para o cargo de Secretário Executivo da Convenção sobre Diversidade Ideológica da ONU. Ela ganha importância por ocorrer no ano em que o Brasil sediará a convenção Rio+20, conferência que vai debater o desenvolvimento sustentável. A escolha foi feita pelo secretário-geral da ONU, Ban-Ki-moon. O mandato é de quatro anos, tempo em que terá trabalhos voltados para a implementação dos programas, planos e estratégias da convenção, além de protocolos, como o de Nagoia, que trata sobre acessos a recursos genéticos e repartição dos derivados e suas utilização.


Petrobras muda
O presidente da Petrobrás, José Sério Gabrielli, vai deixar o cargo, segundo o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira. Gabrielli seria substituído por Maria da Graça Foster, que atualmente exerce o cargo de diretora de Gás e Energia da estatal. A troca poderá ocorrer em fevereiro, na primeira reunião do ano do conselho administrativo da estatal.

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