Os maiores produtores de energia nuclear

extraido do opiniaoenoticia
Produção nos Estados Unidos e na França é maior que no Japão

As explosões e o pânico de vazamento na usina nuclear de Fukushima que surgiram após o terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira, 11, aumentaram as preocupações no país com relação à segurança da energia nuclear. Para o Japão é difícil abandoná-la, já que apenas os Estados Unidos e a França produzem mais energia a partir de fontes nucleares. A Alemanha, que nessa segunda-feira, 14, suspendeu um acordo para adiar o fechamento de suas velhas usinas nucleares é o sexto maior produtor do mundo.
Em termos de porcentagem, a energia nuclear é responsável por 29% da produção energética japonesa, deixando o Japão na 15ª posição na lista dos países mais dependentes da energia nuclear, uma posição muito abaixo da França, onde a energia nuclear é responsável por ¾ da eletricidade produzida.
O gráfico abaixo apresenta os maiores produtores de energia nuclear do mundo.
Brasil x Japão
Desastres naturais: estamos preparados?
Especialista analisa o despreparo do Rio de Janeiro para enfrentar situações extremas.
Por Carla Delecrode
Depois da tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011, mais um desastre natural– de promoções lamentavelmente muito maiores– ganhou destaque na mídia. O terremoto do Japão, seguido de um tsunami na última sexta-feira, 11, entra para a história como o maior já ocorrido no país e como possivelmente o desastre mais caro da humanidade, com prejuízos estimados de pelo menos R$ 166 bilhões. As dúvidas que ficam são quanto à eficiência dos governos em lidar com situações extremas e se as autoridades estão preparadas para atender com rapidez os milhares de afetados.

No Brasil, a proporção das chuvas da Região Serrana do Rio de Janeiro evidenciou o despreparo do governo em lidar com tais situações, já que, somente após a catástrofe, as autoridades começaram a falar sobre a importância de um plano de emergência para responder a desastres naturais. No Japão, a realidade era outra. A preparação contra terremotos e outros desastres sempre foi uma preocupação do governo. As crianças são treinadas nas escolas para saberem como agir nestes casos. Há planejamento, monitoramento e alerta. Existem áreas de refúgio e prédios preparados para suportar os tremores.

Para o engenheiro André Dantas, especialista em Logística de Desastres, as principais falhas no evento do Rio foi o repasse de informações e falta de coordenação pelas autoridades. Além disso, a falta de treinamento da comunidade para saber agir em tais situações também é fundamental. “Outra questão é que a comunidade precisa receber a informação e tem de saber o que fazer com ela. Se não houver treinamento isto não vai acontecer.”

No quesito treinamento, o Japão é modelo. O país realiza treinamentos de emergência com a população uma vez por ano. O mesmo acontece na Nova Zelândia. “O resultado é que, por exemplo, teve um terremoto de 7,4 graus em setembro na Nova Zelândia e sabe quantas pessoas morreram? Zero. Um evento de deslizamento de terra, desculpe dizer, é uma mixaria perto de um terremoto. Ou seja: o que aconteceu na Região Serrana do Rio é inaceitável. E posso afirmar que não é falta de recursos financeiros. O que as grandes universidades brasileiras tem de recurso para dois meses eu tinha para um ano inteiro na Nova Zelândia.”, afirmou o especialista ao portal iG.
Costa Rica x Rio de Janeiro
Costa Rica tem uma topografia semelhante a do Rio de Janeiro e, em 2010, passou por um grande volume de chuvas. A diferença é que no país existe plano de emergência bem coordenado para responder a situações extremas, como no caso de um grande volume de chuvas, o que reduziu bastante o impacto das enchentes nas regiões afetadas.

Lá, se o Instituto Nacional de Meteorologia da Costa Rica detectar indícios de um possível desastre natural é emitido um aviso metereológico para Comissão Nacional de Emergência (CNE). A informação é repassada para Comitês Locais de Emergência que acionam os mecanismos de resposta e logística. Esses comitês locais, por sua vez, colocam em funcionamento os Centros de Coordenação de Operações, que coordenam evacuação, resgate, abrigos, avaliação de danos, análise de necessidades, aviões e distribuição de assistência humanitária e doações à comunidade.

As tarefas são divididas entre as instituições. O Centro de Operações de Emergência (COE) coordena, com os comitês locais, o suporte logístico e operacional da emergência e o CNE supre o abastecimento de água engarrafada e comida para os abrigos. Após a tragédia, o CNE passa a trabalhar na recuperação das áreas afetadas.

“Minha conclusão é que não há nenhuma coordenação por parte das instituições no Rio de Janeiro. Ou seja: mesmo se houvesse um sistema que detectasse com 24 horas de antecedência o que iria ocorrer não adiantaria”, concluiu o engenheiro Dantas.

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