Carlos Fehlberg

Sérgio Cabral destaca operação contra o tráfico e FHC apoia política adotada
Forças de segurança tomam o “complexo do Alemão” e vão prosseguir na operação
A tomada do chamado “complexo do Alemão”, ontem, no Rio, não foi só marcado pela tensão, mas acabou virando um momento marcante na luta contra o tráfico e venda de drogas. Foi de tensão, mas também de alívio e alguma comemoração embora a operação vá continuar. Lula comentou as ações de combate à violência no Rio durante uma visita a Guiana garantindo que tudo que for necessário e que for possível fazer pelo Rio, será feito”.

Exército deu apoio a ocupação do Complexo do Alemão
O governador Sérgio Cabral fala no mesmo sentido e faz questão de destacar as parcerias com o governo federal que continuarão para garantir tranquilidade. Para Cabral a política de segurança é de médio e longo prazo, e se manterá sob o comando do secretário José Mariano Beltrame. “Estamos virando uma página na história do Rio. Com essa reconquista territorial damos um passo decisivo para a nossa política de segurança pública.”
Mas não vai ficar por aí. O Secretário de Segurança garante que também os redutos da Rocinha e Vidigal estão nos planos. Para ele se caiu uma crença de invencibilidade que se tinha sobre o Complexo do Alemão, “o coração do mal”, não há mais barreiras.
E garante que a operação alcançou seu principal objetivo. Não foi dessa vez, porém, que os líderes do tráfico no Alemão, foram presos. Mas ele assegura que graças ao serviço de inteligência eles serão capturados. E vai além, garantindo novas ações: "Se chegamos ao Alemão, chegaremos na Rocinha e no Vidigal".
Foram oito dias de confrontos entre traficantes e policiais no Rio de Janeiro, mas forças de segurança ocuparam afinal, o Conjunto de Favelas do Alemão, um dos mais importantes redutos de criminosos da cidade.

FHC apoia
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende a política de enfrentamento ao tráfico de drogas conduzida pelo governo do Rio. Para ele traficantes estão praticando “terrorismo” e que a população parece estar de acordo com a reação de retomada de áreas controladas pelo crime.
“Acho que, por um lado, é uma mudança do comportamento dos próprios traficantes, e, por outro, do país. Dos traficantes porque eles passaram a fazer terrorismo, e segundo que o pais disse basta, o Rio já dá a sensação que a despeito da violência que existe lá, a população está apoiando a reação do governo. Eu acho isso positivo”, disse o ex-Presidente
Portela lembrado
O Senado terá sessão especial para reverenciar a memória do senador Petrônio Portella. Faz 30 anos de seu falecimento. Ativo na distensão política empreendida durante os governos militares de Ernesto Geisel e João Figueiredo, Petrônio Portella foi senador de 1967 a 1974 e de 1976 a 1980. Ocupou a presidência do Senado por duas vezes: de 1971 a 1973 e de 1977 a 1979, além da presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Uma das missões conduzidas por ele, denominada "Missão Portella", foi o primeiro passo para promover a abertura política do regime militar. Ao ser nomeado ministro da Justiça em 1979, no governo Figueiredo, Portella trabalhou pela restauração do pluripartidarismo e a decretação da Anistia. Chegou a ser cogitado para a sucessão presidencial, mas morreu em decorrência de problema cardíaco no dia 6 de janeiro de 1980, em Brasília.
Pimentel na equipe
O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel poderá ser o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O convite teria sido feito pela presidente eleita Dilma Rousseff. Uma de suas tarefas será formular a política industrial do governo. Ao mesmo tempo, a presidente eleita deverá criar um ministério específico para cuidar dessa área.

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